BIRIGUI REDUZ PARA 17 HORAS TEMPO DE ABERTURA DE NOVAS EMPRESAS EM OUTUBRO
11/11/2020 00:00:00
Entre os grandes problemas e desafios apontados nos estudos do Desenvolvimento Econômico Local está o tempo para a abertura de novos negócios nos municípios brasileiros, ou seja, a quantidade de dias ou as vezes até semanas, que o empreendedor precisa para formalizar sua empresa e iniciar suas atividades. Para o economista e especialista em estudo de economia local e regional, Marco Aurélio Barbosa de Souza, os estudos realizados, entre os quais os do Banco Mundial, colocam o Brasil em situação de desvantagem e na lanterna do ranking mundial que mede a competitividade das nações. O país está na 124˚ posição do ranking anual do Banco mundial denominado "Doing Business 2020". O estudo da instituição internacional quantifica um conjunto de indicadores que apontam as facilidades em se fazer negócios em um país. Quanto mais difícil e complicado para se fazer negócios, pior é a situação do país no ranking. Segundo Souza, entre as métricas mensuradas no estudo e que geram profundas desvantagens ao Brasil, está o tempo para abertura de empresas, que é maior que o observado nos demais países, em decorrência de vários fatores, entre eles a excessiva burocracia e morosidade do sistema e dos procedimentos necessários para instalação de novos negócios. E, na contramão dos resultados observados para o conjunto da economia brasileira, a cidade de Birigui vem gradativamente reduzindo o tempo para instalação de novos negócios no município em decorrência do trabalho articulado e gerenciado pelo governo municipal que exerce a governança do sistema local de abertura e fechamento de empresas. Na realidade, segundo dados divulgados pelo Ministério da Economia, os avanços locais foram extremamente favoráveis no decorrer do ano de 2020, criando um ambiente de negócio mais próspero e amigável aos empreendedores locais. Os dados evidenciam uma expressiva redução no tempo necessário para que o empreendedor local abra sua empresa em Birigui. Em janeiro eram necessários 4 dias e 20h para a abertura de uma empresa na cidade, envolvendo o tempo para análise da viabilidade da localização do empreendimento (uso e ocupação do solo) até a finalização do registro. Em setembro, o tempo foi reduzido para pouco mais de 48 horas (2 dias e 2 horas) e, em outubro, o município alcançou um recorde reduzindo o tempo para apenas 17 horas. Constata-se, portanto, uma sensível melhoria entre janeiro e outubro fazendo com que o ecossistema empreendedor biriguienses se equiparasse aos países mais avançados do mundo e líderes no ranking global do Banco Mundial em relação ao tempo de instalação de novos negócios: Nova Zelândia; Canadá; Singapura e Hong Kong. A agilidade no processo de instalação de novas empresas está se refletindo no dinamismo da economia local em relação a instalação de novos negócios em Birigui fortalecendo o ambiente de negócios, tornando-o mais acolhedor em relação ao desenvolvimento econômico, a abertura de novas empresas, a atração de investimentos, o desenvolvimento das empresas em atividade, o despertar de empreendedores para as oportunidades do mercado local e, consequentemente, a geração de emprego e renda ABERTURA DE EMPRESAS EM OUTUBRO Em outubro foram instaladas 205 empresas na cidade e fechadas 79 resultado ficando com saldo positivo de 126 novos empreendimentos. Do ponto de vista do porte das empresas, 194 eram microempresas (ME), 6 empresas de pequeno porte (EPP) e 5 outras. O ranking das atividades foi liderado pelo setor de comércio varejista de artigos de vestuário e acessórios com 14 unidades; seguido pelo comércio varejista de calçados com 8 empresas; lanchonetes, casas de chá, sucos e similares com 7 empreendimentos; cabeleireiros, manicures e pedicure com 7 unidades e empresas de treinamento em desenvolvimento profissional e gerencial com 6 novos negócios. Percebe-se importante diversidade das atividades produtivas instaladas, com destaque para os setores de comércio e serviços, evidenciando recuperação da economia local da crise provocada pela pandemia.
Fonte: Folha da Região
